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O processo para vencer os obstáculos de uma experiência depuratória passa por entendê-los em sua essência, buscando revelar os motivos de se apresentarem em nossos caminhos.

A depender de nossa base interpretativa, uma dificuldade na vida pode ser: um sinal de irritação dos deuses, um inimigo a ser vencido, uma fatalidade a ser aceita, um desafio em busca de solução, uma questão para análise, algo isolado para ser reintegrado, uma dissonância a ser harmonizada, uma experiência por realizar, uma assimilação a ser feita (entre outras interpretações que ainda desconhecemos…)

Cabe aos ciclos de Percepção-Informação-Conhecimento-Sabedoria (P-I-C-S) o estabelecimento das bases que nos permitem interpretar as intercorrências existenciais, formatando a nossa visão de mundo predominante.

Eles definem o modelo mental (mindset) por meio do qual traduzimos a realidade das energias pulsando em diferentes frequências, as vibrações geradas e recebidas por nós e por tudo o mais que existe.

Essas vibrações são as possibilidades de modulação da energia vital (tornando-se aí, quando moduladas, no plural “energias”). Manifestam as intenções superiores e permitem que os Espíritos expressem as suas experiências carnais.

A realidade sempre será o choque de inúmeras vibrações, mas a percepção daquilo que está ocorrendo é uma interpretação dessa realidade a partir do mindset que adotamos. Modelos mentais distintos entre duas pessoas frequentemente levam a interações ruidosas e causam sofrimento. ( “Porque ele/ela não me entende?”)

Evoluir passa por adotar novas camadas tradutoras da realidade, outros modelos mentais, novos ciclos de P-I-C-S. É o desenvolver de uma nova camada interpretativa sobre as anteriores, a partir de uma percepção mais ampla que direciona práticas diferenciadas em busca da ascensão consciente ( “o homem novo,  a salvação, a vida junto ao Pai”)

Aqueles que enxergam a realidade por modelos mentais diversos não serão capazes de compreender a mudança que se opera em quem agora percebe a realidade com um outro olhar. Não esqueçamos de que somente enxergamos aquilo que queremos ver (“…olhos para ver, ouvidos para ouvir…”)

O que importa então é a tolerância que devemos desenvolver para lidar com aqueles cujo mindset seja diferente do nosso. Pensar de forma diversa reflete perceber a realidade por um outro P-I-C-S, adotando práticas que se integram à nova percepção dos seres, das coisas, do mundo e das relações envolvidas.

Se estivermos conscientes da visão de mundo que tínhamos e daquela que agora estamos começando a ter, saberemos reconhecer a caminhada até aqui, honrar o nosso acúmulo de modelos mentais e assim respeitar quem não vê as coisas da mesma maneira que nós.

São somente novas lentes para uma mesma cena, agora mais nítida e colorida, que nos permite enxergar mais longe e mais profundamente como nos ensina Haroldo Dutra Dias ao analisar o episódio do Cristo Jesus no Cego de Betsaida.

Não tenhamos medo do salto, nem das novidades percebidas. É uma camada a mais, nada tão especial. É parte da caminhada, é a evolução se processando conscientemente.

Para que nos elevemos, precisamos apor modelos mais sutis de interpretação da realidade sobre aqueles mais densos pelos quais antes enxergávamos. E tudo começa com uma percepção atenta para recebermos novas informações. Elas são inúmeras e estão disponíveis em diversos formatos. Basta nos colocarmos em sintonia.

Que estejamos na Paz e sejamos a Luz.

MdT (Mensageiros da Transição) 5FEV2020