Toda vez que queremos oferecer algo a alguém estamos intencionando interferir com a inércia do universo (ou com “o momentâneo equilíbrio torto” das coisas por aqui…). Um interferência é uma alteração no estado de equilíbrio das coisas, seja no menor dos contextos, onde se encontram duas pessoas, seja na complexa dinâmica de 7,5 bilhões de inteligências expressadas em corpos físicos, seja ainda no movimento de planetas, sóis e galáxias, tudo se encontra em algum tipo de equilíbrio em resposta a um tipo de sabedoria predominante.
Esta sabedoria da qual falamos é a consolidação de conhecimentos em práticas recorrentes que, por sua vez, (conhecimentos) são ressignificações de conceitos a partir do recebimento de novas informações que, por sua vez, (informações) são registros dinâmicos da realidade, percepções feitas dos novos momentos, retratos de um instante.
Assim, uma nova percepção das coisas é o ponto de partida para que informações construam conhecimentos que se consolidem (por meio da sabedoria renovada) em melhores forma de aplicar energia nas dinâmicas existenciais. E isto podemos chamar de evolução.
Podemos dizer que um ciclo percepção-informação-conhecimento-sabedoria é, por natureza, o instrumento interferente nas dinâmicas energéticas das existência, capaz de alterar a inércia presente pela sua simples manifestação em qualquer contexto. Funciona como a inserção de elementos que requerem atenção, retirando o processo do seu automatismo.
Frequentemente caracterizado por algum tipo de negativa ao fluxo atual, este ciclo costuma ser um refrear da aceleração (“mais devagar”); um alterar da direção (“não mais por aqui”); um contrair da amplitude (“menos intenso”); um diluir da concentração (“mais variado”). Pode ser um simples “NÃO” que cesse o ritmo no qual as coisas aconteciam; pode ser leve um questionamento (“que tal?”); pode ser uma afirmação retumbante (“isto está errado!”).
O que nos importa é ter em mente que a informação tem a força para alterar a energia e assim, modificar o estado das coisas. Estamos dizendo que na palavra reside o poder de mudar o universo. Vale para as grandes obras e para os mínimos movimentos. Portanto, a responsabilidade de quem profere uma sabedoria própria é proporcional ao contexto que impacta com sua interferência.
Mesmo sem termos consciência disto, é a informação que dispara a energia de nossas intenções, definindo assim a qualidade do novo equilíbrio resultante. Se for elevada e sinérgica, dizemos que esta vibração é de teor nobre. Quando os desejos que suportam nossos movimentos são egocêntricos e restritos à satisfação individual, estamos diante de uma energia pobre de amplitude e alcance.
Como tudo é percepção (nova informação) e vibração (energia em movimento), o motivo nobre ou pobre de nossas intenções indica a qualidade da harmonia contextual resultante. Assim, a amplitude das intenções (promovida pela qualidade da informação) define o tanto que nos alinhamos com as altas frequências equalizadoras da existência universal ou nos inserimos nas densas faixas de vibrações ruidosas.
Assim, a depender da qualidade do ciclo informacional, as interferências nas dinâmicas existenciais pavimentam a estrada futura de nossa evolução. Que tenhamos cuidado com o que acreditamos e manifestamos. Que saibamos perceber onde se encontram as correntezas dos rios para que façamos pontes fortes nos lugares certos. Que sempre busquemos ver longe e profundamente, pois qualquer caminho pode ser construído, mas nem todos eles nos promovem uma rearmonização mais elevada junto aos padrões cósmicos da existência sublime.
Que estejamos em Paz e sejamos Luz.
MdT (Mensageiros da Transição), 4FEV2021