Guardadas as exceções, em grande maioria, cada um de nós repete o roteiro existencial humano dos tempos atuais.
Quando jovens, somos imortais. Nenhum questionamento existencial nos aflige. Estamos em busca das realizações do ego, descobrindo, apreciando, desejando tudo e todos para completar o nosso universo particular. Queremos uma identidade e pertencimento aos universos maiores que o nosso. A noção de origem se restringe ao universo familiar, pais, avós.
Quando adultos, somos preenchidos por um vazio que nos impulsiona para buscar o sentido de realização, principalmente quando nos encontramos nas encruzilhadas dos desbravamentos e das repetições. Sentimos urgência em descobrir, entender, sentir (em parte) o novo todos os dias e (também em parte) a repetição todos os dias daquilo que nos capturou o interesse e a atenção.
Quando maduros, tomamos consciência da finitude que ocorrerá com nossa existência corporal. Somos invadidos por surtos (cada vez mais frequentes) de angústias e aflições. Uma das saídas mais comuns parece ser a busca religiosa pela vida após a morte. Temos a necessidade de acreditar que existe algo além da existência material.
Origem, sentindo e destino. Em diversos momentos da caminhada física, somos despertados para essas questões. Em verdade, são elas as três as grandes inquietações da humanidade atual: de onde viemos? O que estamos a fazer aqui? Para onde iremos depois?
Então onde se encontram as respostas? Na própria consciência de cada um.
O confuso é que raramente paramos para ouvir a nossa própria consciência. Em verdade, quase nunca reconhecemos o volume de informações e experiências que se encontram armazenadas à disposição de nossa busca intencionada. As respostas para as três principais questões inquietantes da humanidade residem lá, não necessariamente organizadas logicamente, mas sim em informação perceptual-emotiva – a verdadeira linguagem que temos desde o início dos tempos.
É preciso acessar essas informações perceptuais e colocá-las em organização lógica para traduzir o seu entendimento e harmonia. O erro que ainda cometemos é tentar usar a lógica como fonte de informação, além de modelo organizador.
Tudo o que realizamos com a lógica foi antes intuído por essas experiências anteriores individuais ou coletivas que nos chegam de estados alterados de consciência, quando acessamos nossos próprios registros e também os daqueles que nos são ofertados nesses momentos únicos e especiais.
Dois são os processos à disposição da humanidade para o seu crescimento, não por acaso. Que possamos aprender a usá-los em harmonia. A nossa evolução atual depende desse grande passo integrativo.